O homem brasileiro foge do médico e, principalmente, do urologista. É o que revela a pesquisa “Um Novo Olhar para a Saúde do Homem”, realizada pelo Instituto Lado a Lado pela Vida e publicada pela Editora Abril. Mais de um terço dos homens estudados relata não ir ao médico pelo menos uma vez ao ano. Nesse cenário, 37% dos entrevistados com até 39 anos e 20% daqueles com 40 ou mais admitem só procurar o profissional quando se sentem mal.
6 em cada 10 homens não têm o hábito de ir ao urologista.
Os números são muito claros: 59% dos brasileiros não costumam ir ao urologista. Na faixa etária mais importante, que é acima dos 40 anos, quase metade do público nunca foi ao urologista para uma consulta preventiva, percentual que se eleva para 58% entre os usuários do SUS e 54% do público no Sul do Brasil.
E não é por falta de necessidade. A pesquisa mostra que 48% dos homens relatam ter de urinar várias vezes ao dia, 37% apontam gotejamento, 30%, necessidade de ir duas ou mais vezes ao banheiro à noite, 22% perda de desejo sexual e 20% admitem ter problemas de disfunção erétil.
A cultura do tabu prejudica a saúde dos brasileiros.
Segundo o Projeto de Sexualidade (ProSex), da USP, a disfunção erétil atinge 50% da população masculina entre 40 e 70 anos. Ou seja, é muito comum. Mas apenas 30% dos pacientes procuram tratamento. Trata-se de um problema com elevadíssimo índice de sucesso quando tratado, portanto cerca de 70% dos possíveis pacientes que poderiam viver uma vida sexual saudável estão abrindo mão disso pelo tabu.
A vergonha, o sentimento de incapacidade e o preconceito são alguns dos tabus que causam essa rejeição em procurar ajuda. Cuidar da sua saúde física e sexual, buscando maior bem-estar e felicidade não deveria ser uma questão negativa. Identificar a origem dos problemas masculinos é um passo essencial para realizar tratamentos assertivos. Priorize a sua saúde.
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