A cada dia, a comunidade médica e científica acumula novas informações sobre o vírus Sars-Cov-2 e a doença Covid-19, assim como seus efeitos posteriores para a saúde dos infectados. Um caso que chamou a atenção dos profissionais de saúde foi relatado pelo Hospital Universitário de Pisa, que diz respeito a uma mulher de 18 anos que pegou e se recuperou completamente da Covid-19, com teste negativo. Dezoito dias após a infecção inicial, porém, a paciente começou a sentir dores no pescoço e na tireoide, com palpitações cardíacas e febre. Seus hormônios T3 e T4 estavam elevados e apresentava altos marcadores de inflamação.
Ao retornar ao hospital, foi diagnosticada com tireoidite subaguda (também conhecida como tireoidite De Quervain ou tireoidite de células gigantes). Depois de ser tratada com um esteroide chamado prednisona, sua dor diminuiu e em 40 dias voltou a ter função tireoidiana normal.
Essa sequência de eventos foi particularmente incomum, pois essa paciente nunca havia experimentado doença da tireoide anteriormente e um mês antes ela havia feito um teste de tireoide com resultados normais. De acordo com o autor do estudo de caso - Francesco Latrofa - o SARS-CoV-2 provavelmente causou o início da tireoidite subaguda devido à associação cronológica e à tendência de ocorrência de tireoidite após a infecção viral.
Em julho de 2020, um artigo do Lancet discorreu sobre pesquisas adicionais realizadas pela Universidade de Pisa, feitas para avaliar a prevalência de tireotoxicose (um excesso do hormônio tireoidiano no corpo) em pacientes com Covid-19.
O estudo foi realizado comparando 93 pacientes consecutivos admitidos por unidades de tratamento intensivo em 2020 com 101 pacientes consecutivos admitidos em 2019. Dados de 52 pacientes com Covid -19 que foram admitidos em unidades de cuidados de baixa intensidade também foram considerados.
O estudo levou em consideração a idade e o sexo porque a tireoidite geralmente ocorre em mulheres com idade entre 30 e 50 anos. De qualquer maneira, a conclusão foi que uma grande proporção de pacientes com Covid-19 apresentava níveis atípicos de tireotoxicose e baixa concentração do hormônio estimulador da tireoide.
Até que pesquisas adicionais refutem a ligação, sugere-se que deve haver uma avaliação de rotina dos pacientes com Covid-19por um endocrinologista.
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